O potencial e o talento do
pessoal da música em Sobral já são conhecidos, basta ver os shows nos bares e
restaurantes da cidade. Mas, fui ao teatro e me encantei de novo.
Em primeiro lugar, queria
registrar que vi plateias de jovens de todas as idades, cheias e vibrantes, já
tinha visto estas mesmas plateias em espetáculos de dança e teatro e comentei
aqui. Olhei em volta e reconheci pouca gente, vi sim, muitas caras novas e
sorridentes, gente que consome cultura produzida aqui, por artistas daqui de
Sobral, e consumindo feliz, como se fosse um lanche para alma.
É uma coisa pra deixar
qualquer criatura contente. Depois fiquei sabendo que elas se conectam através das
mídias sociais para ficarem informadas do que acontece, pois é, é pena, a
divulgação normal e oficial continua falha. Não importa, elas chegam lá, se
divertem e fazem a sua parte.
Curiosamente, não vi
muitos dos amigos, gente que conheço,
amigos e conhecidos que discutem cultura e reconhecem sua importância. Não vi
também as pessoas que fazem e trabalham Cultura por aqui. Tem a desculpa de época de eleição, todos ocupados em discutir politica, mas todos nós sabemos que uma boa politica só se realiza com uma boa e forte cultura.
Pois eu digo que tem gente perdendo o bonde e quando acordar vai ficar surpreso e feliz como eu, vai repensar
e tenho certeza, valorizar mais. Ainda é tempo.
Vi dois corais, o da Escola de Musica, do querido amigo e
maestro Jose Brasil, competência
comprovada já por vários anos de luta, condução correta, firme, bom gosto no
repertório e que ainda briga muito, (conheço essa briga) pra soltar mais,
brincar mais (ele tem senso de humor e isso é fundamental), com seus
componentes, ariscar mais no que e no como cantar. Um dia chega lá.
O outro foi o coral da
turma da UFC, grata surpresa, regido
por outra grande surpresa, a talentosa Simone
Sousa. Seleção musical de primeira e excelente condução na execução. Pra
brilhar mais o grupo tem um pé no Teatro, (o espetáculo executa um repertório
que conta uma historia), tem um toque e um senso teatral forte, conduzido com
clareza e eficiência nos deslocamentos, danças, execução de instrumentos musicais
e adereços em cena. Como dizia, conduzido por dois novos talentos da cena em
Sobral: Alexandre Fontenele e Manoel Messias, e isso sem prejuízo nenhum para o canto. Acho que eles sabem disso, o Alexandre e o Messias, mas podiam ousar mais, brincar mais, ter
mais humor pra emplacar a empatia com o
público. Não tratar os textos falados com tanta solenidade. Potencial os
cantores atores tem, é só uma questão de brigar mais com eles. (fico de vendo a foto do coral, quando o Alexandre me mandar, eu posto)
.jpg)

Muito boa a análise, coloco o grupo à disposição para iniciarmos um trabalho de expressão corporal e "teatralidade". Topas??
ResponderExcluirEstá Combinado. Oba, já temos um trabalho.
ResponderExcluir